11.3.09

run forrest run



não conduzo. não tenho carta de condução, os meus pais também não. toda a vida fui apenas um peão, entre autocarros, metro e táxis. tento atravessar sempre na passadeira (é para isso que ela lá está) mas, se por alguma razão não posso, tento fazê-lo o mais rápido possível, por todas as razões. dito assim parece muito óbvio (dispenso ser atropelada!), mas enquanto estou na paragem, no regresso a casa, perco a conta ao número de pessoas que atravessam a estrada (não há passadeira mas existe uma passagem aérea) a passo de caracol. parece que os automobilistas têm a obrigação de parar só para suas excelências passarem. e não estou a falar de velhinhos de bengala, que ligam o turbo, muito afogueados e mal saem do mesmo sítio! ainda hoje assisti a uma cena dessas, em que a senhora se coloca no meio da estrada, faz parar carros em ambos os sentidos e lá atravessa, como se estivesse no meio de um campo de flores.

e se este é o meu ponto de vista como peão, imagino que como condutora seria ainda mais aguçado...

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