14.5.15

chegadas doces

no final de abril ganhei um sobrinho. cá em casa não há irmãos e, como tal, os filhos dos amigos aumentam as famílias deles e a nossa - como se quer. a mãe foi minha colega na faculdade e, apesar da vida se meter no caminho, temos mantido o contacto, mesmo que esporádico - o que inclui casamentos, baptizados e afins.

nunca sei o que se deve/pode/é suposto oferecer nestas alturas, até porque o meu contacto com crianças e as suas necessidades é mínimo, por isso opto sempre pela prenda diferente. a minha mania de (querer) ser original às vezes trama-me mas desta vez não tive muito tempo para pensar - o que pode ser bom. de um dia para o outro descobri que estavam a dois passos de mim, na maternidade, e não fazia sentido não passar lá para um beijinho de boas vindas. recorri aos ténis fofos de outrora e fiz bolachas. sim, levei bolachas para a maternidade. acabei por apanhá-los no processo de alta e, além dos beijinhos, consegui ajudar na logística. a utilidade, o propósito, o objectivo... sempre fui fã :)

assim sendo, voltei à receita vencedora do último post. no final de abril ganhei um sobrinho e voltei às bolachas - não é por acaso que é o melhor mês ;)






12.5.15

a menina dos anos

maria elvira. este foi o nome escolhido para o novo robot de cozinha cá de casa (o aspirador é o orlando). manias.

a maria amélia não resistiu à infiltação por daiquiri de morango (sem comentários) e, quase um ano depois, acordei com a substituta ao meu lado (salvo seja). foi um bom começo para os 32, portanto ;)
os bolos sem ovos e o crumble foram as formas que encontrei para não deixar de adoçar a boca dos meus enquanto mantinha os tendões dos braços intactos - sou fraquinha.

no entanto, como sabia que a noite dos 32 seria passada aqui com as caras habituais, na véspera enfiei-me na cozinha e voltei às origens: bolo de iogurte com raspa de limão e bolachas (de limão e de amêndoa).

ficam as imagens (e receita das bolachas, lá ao fundo) do que me adoçou a entrada nos 32.









Ingredientes
. 120g de açúcar;
. 250g de farinha;
. 75g de margarina vegetal;
. 1 ovo;
. raspa de 1 limão grande (ou substituir parte da farinha por amêndoa ralada);

Preparação

Misturar o açúcar com a margarina. Adicionar o ovo, o aroma desejado e a farinha, continuando a amassar. Deixar repousar a massa no frigorífico durante cerca de 30 minutos, embrulhada em película aderente.

Após esse tempo, polvilhar uma superfície lisa com farinha e estender a massa até ficar com cerca de 0,5cm de espessura. Cortar a massa com as formas desejadas.
Colocar as bolachas já cortadas num tabuleiro forrado com papel vegetal (ou previamente untado com manteiga e polvilhado com farinha) e levá-las ao forno previamente aquecido a 180ºC, durante cerca de 15 minutos (ou até estarem douradas).

Antes de arrefecerem, polvilhá-las com açúcar de pasteleiro, para depois serem servidas frias.

7.5.15

os detalhes dos outros



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por vezes sou de extremos. ou me entusiasmo demais com acontecimentos / pessoas / oportunidades e me torno demasiado intensa, ou então não ligo nenhuma e deixo a vida passar-me ao lado. será porque agora tenho mais (todo?) tempo livre? acho que não. a diferença é que dantes pensava nos pormenores e não os podia concretizar e agora penso, posso, mas tento não o fazer quando o assunto não me diz respeito.

talvez esta seja uma das razões pelas quais gosto de receber pessoas em casa. mais do que entreter, gosto de preparar - pôr a mesa, pensar nos pormenores e (tentar) concretizá-los.

claro que, com a idade, tenho vindo a aprender que poucas são as pessoas que realmente ligam a estas coisas. um embrulho diferente, um pormenor de decoração... para mim são estas coisas que fazem a diferença, mesmo que o embrulho contenha um baton do cieiro e a decoração seja um guardanapo de papel com riscas ou um post-it com o nome da pessoa. it's the thought that counts aplica-se a mim.

isto tudo para dizer que um casal amigo se vai casar no outono, não podiam ligar menos aos pormenores e eu ando com comichões a conter-me para não dar sugestões discretas. mostrei trabalhos de fotógrafos que gosto, no início partilhei espaços para a recepção e ainda esta semana sugeri a criação de uma # para os convidados usarem e eles terem acesso ao outro lado do evento, com outros olhos. tudo transmitido de forma simples e leve, num e-mail.

a grande questão é que o bicho dos pormenores não me larga - é mesmo 'problema' de pessoa desocupada. tenho que arranjar um trabalho rapidamente para me deixar de parvoíces. alguém me quer? mais detail-oriented é quase impossível ;)

6.5.15

post-it



a ideia não era acordar este espaço da sua dormência e transformá-lo num blog de comida. é verdade que o meu tamanho faz parecer que a minha vida gravita à volta de comida mas não é bem assim. sou mais, gosto de mais, quero mais.

este devia ser um espaço onde registo as novas receitas, os passeios, as ideias... no entanto, apesar de ter mais tempo agora também faço menos coisas dignas de registo.
tenho notas sobre a croácia, budapeste e praga com quase um ano e nunca mais lhes mexi. talvez ache que já se escreve tanto sobre tudo que não viria acrescentar nada de relevante 'para quê?' é a questão que mais me coloco.

...

sempre gostei de escrever e houve alturas em que não desgostava do que escrevia. no entanto, a vida meteu-se no caminho e deixei de ter o que dizer, principalmente da forma que gostaria. ando há anos a dizer que quando for grande escrevo um livro de contos mas, quando penso nisso, quando me sento em frente de uma folha em branco, fico muda.

acho que vou deixar a escrita para quem sabe. e as fotos também. continuar sem pretensões, só para registar o que se vai fazendo. é suficiente.

15.4.15

uma espécie de pão

um dos petiscos que estava na mesa da páscoa era um pão que parecia pão mas que não era pão (repetição propositada). foi a primeira vez que o fiz e só soube como tinha ficado por dentro quando as pessoas começaram a cortar fatias. ah o suspense!

acho que foi a primeira receita da rita que descobri, através da marmita (mas já se viu que não parei aí). primeiro foi a minha mãe que fez (e aprovou) e na páscoa foi a minha vez. depois disso já voltei a fazer e não desiludiu.

ficou fofo, leve e apetitoso. parece mais scone que pão e fica bem com tudo o que quisermos usar. queijo, doces, chocolate... por outro lado, com esta receita base também se podem adicionar ingredientes à massa, como nozes, azeitonas, pepitas de chocolate, mirtilos, chouriço... um sem fim de opções. além de tudo isto, é rápido. muito rápido, e fácil.

talvez para na próxima vez experimente algo diferente. depois partilho :)