12.3.09

escargot


sempre me lembro de gostar de caracóis. de os comer, entenda-se. imagino algumas caras enojadas com esta afirmação, mas a verdade é que associo os bichos (no tacho) a dias bons - ou, pelo menos, a momentos bons. lembro-me de ser miúda pequena, passar um mês de férias com os meus pais em sesimbra ou na caparica (normalmente julho) e, de vez em quando, o nosso programa de fim de tarde era comer caracóis, que eu acompanhava com trinaranjus de maracujá (e entretanto deixei de gostar) numa esplanada. sabia muito bem. há muitos anos uns amigos dos meus pais fizeram caracoletas com um molho de tomate muito manhoso quando lá fomos almoçar e eu, que tinha ficado toda contente porque me disseram que ía lanchar caracóis, comi dois ou três só para não parecer mal, já que tinha dito que sim, que gostava muito. foi a desilusão. acho que chegaram a passar anos sem que eu provasse o dito petisco. no entanto, recomendaram-nos a casa do menino júlio dos caracóis, ali para a zona de marvila, onde os famosos costumam ir (as paredes cobertas de fotos são prova disso). desde há 3 anos que vamos lá talvez duas ou três vezes por ano, algumas vezes petiscamos mesmo na salinha, outras trazemos para casa. e são bons, muito bons. por isso, caracoletas dispenso! caracóis querem-se pequenitos, de cabecita fora de casa, bem temperados e não cozidos em demasia. acompanhar com pãozinho torrado e enchidos, e queijos... digo-vos que é um repasto. dizem-me que caracóis são bebidos com cerveja, mas como não gosto, as minhas opções são os sumos - porque, convenhamos, água não combina!

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