19.3.15

dos reencontros

estou em casa há quase 3 meses. é verdade que há sempre coisas para fazer - limpar, arrumar, cozinhar, comprar... - e se calhar por isso ainda não senti o choque da inutilidade. confesso que também tento não pensar muito nisso. todas as manhãs dedico umas horas a pesquisa de anúncios e envio de candidaturas espontâneas. quantas vezes fui chamada para uma entrevista neste tempo? zero. porque sou velha, porque não tenho experiência, porque sim e porque não. isto sou eu a imaginar as justificações, porque nunca há respostas. enfim.
 
no entanto, como tenho dito, a parte boa do desemprego são os reencontros. além dos almoços/lanches/jantares alternados com as companheiras do bairro, esta semana houve um reencontro que demorou mais anos a acontecer do que eu quero admitir. conheço a a. há quase 26 anos e a m. há quase 22. a vida meteu-se no caminho (como sempre) mas nada melhor do que estarem ambas grávidas (e eu em casa) para nos obrigarmos a mexer.
 
era isto que as esperava quando chegaram. dentro dos sacos estavam uns ténis da h&m minúsculos e muito fofos - uma brincadeira só para assinalar a ocasião. os bifes de frango recheados com queijo e espinafres e o crumble de maçã ficaram só para os nossos olhos e barrigas.
 
espero que o próximo encontro não demore tanto a acontecer.
 
 
 

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